Carlos do Carmo Songbook


É com muita honra que anuncio a edição do Carlos do Carmo Songbook, trabalho ao qual me dediquei nos últimos meses juntamente com Augusto Macedo. Numa edição bilingue (Port/Ing) da responsabilidade da Edições Nelson de Matos, este livro reúne cerca de cinquenta fados e canções interpretados por Carlos do Carmo, no ano em que o fadista comemora 45 anos de carreira.

Os temas incluídos nesta selecção representam uma parte nuclear do seu repertório, marcando presença os principais autores aos quais o fadista deu voz, como Frederico de Brito, Júlio de Sousa, Fernando Tordo, Paulo de Carvalho, José Luís Tinoco, José Mário Branco, Ivan Lins, Pedro Abrunhosa, Ary dos Santos, Manuel Alegre ou Pedro Tamen. O formato das partituras é o convencional, com melodia cifrada ao estilo Anglo-saxónico.

O livro inclui também um texto biográfico sobre Carlos do Carmo, textos de apoio à interpretação das partituras e da tradução, inúmeras fotografias, um manuscrito inédito de José Afonso e a discografia essencial do fadista. O texto de contra-capa, em jeito de Prefácio, é da autoria de Ivan Lins.



Ficha técnica:
Título: Carlos do Carmo Songbook
Autores: Rafael Fraga e Augusto Macedo
Editora: Edições Nelson de Matos (+)
Tradução e revisão para Inglês: Maria João Freire de Andrade
Revisão: Lídia Freitas
Edição bilingue (Port/Ing)

Em Amesterdão

Estou, desde inícios de Setembro, a residir em Amesterdão, realizando o Mestrado em Composição no Conservatório da cidade. Aos curiosos em acompanhar alguns elementos mais pessoais desta nova experiência, sugiro uma visita de vez em quando ao Des-terrados, novo Blog que partilho com Paulo Santos Luís, amigo a residir desde há alguns dias nas Maldivas.

Passada esta fase de transição, terei em breve novidades sobre os meus mais recentes projectos - que os há!

Entretanto, assumi responsabilidades na elaboração da Newsletter do Departamento de Composição do Conservatório de Amesterdão. De periodicidade mensal, traz um resumo dos principais eventos da cidade na área da composição contemporânea, bem como das principais actividades do Departamento. Os interessados poderão consultá-la aqui:


Sobre o Acordo ortográfico e a Lusofonia

Vi-me perante a decisão de assinar uma petição requerindo a rápida implementação do acordo ortográfico, num contexto de defesa da Lusofonia. Assim, resolvi apressar uma reflexão que vinha fazendo sobre o assunto, do que resultou a minha actual opinião, que agora partilho.

Desconheço, em profundidade os argumentos das facções "pro" e "anti" acordo ortográfico. O debate que tenho acompanhado baseia-se, quase exclusivamente, em questões linguísticas e, dentro destas, nas de grafia. Ora, como sabemos, a construção linguística apenas começa na grafia, mas depende muito mais de outros parâmetros como os de síntaxe ou gramaticais para a prossecução do seu principal objectivo - a comunicação.

A grafia, como o nome indica, reflecte-se na forma - menos no conteúdo; para um cego, qual o real impacto do (des)acordo ortográfico? Será assim tão relevante? Por outro lado, o desejo de simplificação e normalização linguísticas, independentemente do custo emocional das cedências, implica uma desvinculação a aspectos etimológicos porventura importantes. Muitas palavras conservam características próprias desde a sua raiz greco-latina, reflectem-na, ampliam-na, e a simplificação ocorre como processo natural de uma língua viva. Acho salutar, para uma profunda compreensão da etimologia e significados, bem como o seu potencial enquanto ferramenta de expressão, conservar-se essa raiz - muitas vezes perdida pela supressão de consoantes mudas.

Assim, sob o ponto de vista da grafia, sou um acérrimo defensor do "português luso", que considero mais elegante, escorreito e eficaz; por outro lado, sou um admirador incondicional dos grandes escritores brasileiros, nomeadamente do séc. XX, que demonstram como é possível escrever bem em português, independentemente da "pronúncia" brasileira do discurso. A diversidade de "pronúncias", enquanto expressão intelectual de vivências e maneiras de organizar o pensamento, é o que de mais salutar pode, quanto a mim, existir...

Os povos lusófonos vivem cultural e geograficamente demasiado distantes para que, mesmo com as actuais tecnologias de comunicação, os esforços de normalização sejam capazes de surtir efeitos a longo prazo: qual o "prazo de validade" de um actual acordo? Se, por exemplo, daqui a 50 anos Angola, por exemplo, for uma potência literária e intelectual (na perspectiva de infra-estruturas de ensino, etc.) comparável ao Brasil, far-se-ão novos acordos, agora mais adaptados a eventuais novas grafias?

Duas das maiores potências mundiais, Estados unidos e Grã-Bretanha, falam Inglês diferente. Qualquer um dos seus mercados é maior do que Portugal alguma vez será - e o Inglês é, cada vez mais, a linguagem universal - Será relevante ou até possível pensar numa normalização? Haverá reais vantagens nesses dispêndio de energias e fundos?

A Língua Portuguesa deixou de ser dos Portugueses quando dela fizeram uso para efectivar a conquista de novos povos e territórios. A normalização é impossível dentro do próprio país, se não graficamente, mas no profundo significado que cada palavra e expressão tem.

Para mim, a Lusofonia é um conjunto de pessoas que partilham e se revêem em aspectos intimamente ligados à cultura portuguesa e a alguns valores a ela intrínsecos; desses, a língua é apenas um ponto de partida - importante, mas não essencial. Não bastará falar português para integrar a "Lusofonia", enquanto congregadora cultural, elo de união universal e, no seu íntimo, indefinível.

A minha opinião é que Portugal conserve a sua Língua e a dignifique; que a ensine melhor, que a promova, que conquiste novos mercados económicos e culturais porque é realmente bela, infinitamente potente enquanto veículo comunicacional. O português, enquanto língua viva, é diferente, sempre, porque a mutação é constante - porém, lenta; assim, só nos apercebemos de forma relevante dessas diferenças a intervalos de tempo razoáveis, de digamos, uma, duas gerações. Aí, será tempo de reflectir, distinguir evolução de deturpação quando possível, intervir "oficialmente" se estritamente necessário.

As cedências gráficas parecem-me redundantes - tanto há a fazer para aproximar os povos, tanto património cultural e intelectual a preservar, a compreender, tantas diferenças e injustiças a atenuar. Será que o povo brasileiro está preocupado com a grafia da língua? E o de Timor-Leste? E o português? Não será essa a razão pela qual o debate passa ao lado da maioria das pessoas, que é quem verdadeiramente faz a língua existir?

Perdoem-me o excesso, mas como se pode falar de acordo ortográfico como factor essencial da Lusofonia, se a grande maioria dos nossos irmãos africanos vive abaixo do limiar da pobreza, se em Timor a guerra continua, não nas parangonas dos jornais mas no seio das populações? No Brasil há mais de 50 Milhões de pobres, e destes, metade vive em pobreza extrema! Isto, no país que ocupa o 9º lugar mundial a nível de desenvolvimento, e em que bastava 5% do rendimento bruto para erradicar a pobreza! Para não falar de Portugal...

Custa-me falar de "óptimo" ou "ótimo" nestes casos; porque estamos tão longe do aceitável...
Não conseguimos travar os processos locais de evolução linguística - que causarão sempre uma deturpação do original. Mas talvez consigamos, saindo das cátedras da teorização, universalizar o respeito pela vida e pela natureza, os direitos do homem, a fraternidade, a transmissão de ideias e culturas, cruzamento de saberes e, sobretudo, da igualdade.

Assim, talvez possamos implementar a verdadeira Lusofonia.

Summer Institute 2008 - Digital Media


Da responsabilidade da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH) e da Universidade de Texas, decorrerá a partir de 2 de Junho de 2008 em Lisboa um conjunto de actividades dedicadas à produção digital e multimédia. Envolvendo workshops e palestras públicas, a temática centra-se na utilização de meios tecnológicos digitais e suas aplicações audiovisuais:
O Summer Institute em Digital Media pretende ser um evento anual, único e inovador em Portugal, por integrar, pela primeira vez, workshops e palestras em áreas tão distintas como o Cinema (nas vertentes da ficção e do documentário), o Design, a Música ou o Jornalismo. Procura-se potenciar, nesta integração, as possibilidades oferecidas pelos novos media, em particular as que se prendem com as suas utilizações digitais. ++

Terminadas a 5 de Maio as inscrições para os workshops (confirmei pessoalmente a inexistência de vagas), restam-nos as palestras públicas, da responsabilidade de professores da Universidade de Texas.

Programa
Summer Institute 2008 - Digital Media
Auditório 1 - FCSH/UNL
18h

6 Jun
Digital Film
Orador: Tom Schatz

17 Jun
Youth and New Media
Orador: Craig Watkins

20 Jun
Remapping the Digital Divide
Orador: Sharon Strover

24 June
Life & Death in 3 Minutes or Less: the Screenwriter’s role in NewMedia
Orador: Stuart Kelban

3º Encontro Açoriano da Lusofonia

Entre 8 e 11 de Maio decorreu na Vila de Lagoa (S. Miguel, Açores) o 3º Encontro Açoriano da Lusofonia. Tive oportunidade de estar presente e, juntamente com Augusto Macedo, apresentar o nosso "Songbook de Autores Açoreanos", numa palestra de cerca de 30 minutos, em que contextualizámos a obra e exploramos o seu eventual potencial. Foi interessante verificar o interesse que o livro suscitou perante uma plateia constituída essencialmente por académicos ligados ao estudo da língua e cultura portuguesas, menos habituados ao estudo da palavra enquanto objecto musical.



Tivémos também a oportunidade de estrear o nosso novo projecto, As Palavras Interditas, em que contámos com a presença dos convidados Marta Pereira (voz) e Ricardo Reis (bateria). Desfilaram canções e outras composições sonoras, entre os poemas lidos em "off" por Laudalina Rodrigues e Amaro de Matos e as vozes da tribo Fulani, da Nigéria. A imagem foi da responsabilidade de João Gomes.



Aqui fica o nosso agradecimento à Comissão Executiva dos Colóquios da Lusofonia, na pessoa do dr. Chrys Chrystello, bem como aos músicos e técnicos e colaboraram connosco.

Conferência sobre Berio 2

Bem, estive na FCSH a ouvir a sra. Stoianova: superficial, dispersa, pouco objectiva. Duas horas a falar (em francês!), sem o mínimo de interacção com a plateia, que se manteve inabalavelmente silenciosa: "Estou muito surpreendida por perceberem tão bem o Francês", tirada só comparável a "Agora vamos ouvir um pouco de uma peça de Berio - mas estejam à vontade para ir tomar um café, ou fazer um intervalo"...

Falou-se das várias facetas de Berio, geralmente rotulando grupos de peças: de la musique populaire, de le dodecafonism, de la musique scénique... e por aí fora. Àparte as considerações gerais sobre o contexto histórico (quem foram os principais serialistas, peças relevantes, outros autores com quem Berio trabalhou - Sanguinetti, Calvino, etc.), os apontamentos sobre a música de Berio foram lidos em jeito de auto-citação, com observações "à musicólogo" do tipo "na Sequenza XYZ, ocorre um diálogo de dois gestos em torno das notas A e B; a peça é dedicada ao sr. H., razão pela qual a nota Si é tão importante".

Analiticamente, nada. Tecnicamente, nada. Não chega dizer que "Berio foi um estudioso das potencialidades da voz e dos instrumentos", ou que "foi um intelectual" (!)...

Nem uma ideia pertinente sobre o autor ou a música, nem uma síntese sobre a sua importância e porquê, nem das repercussões da sua obra. Como evoluiu o pensamento musical de Berio? Que elementos são intrínsecos à sua música?

Perguntas, essas sim, que poderiam ter sido respondidas... ou então não!

Sobre Berio | na FCSH -UNL

Ivanka Stoianova irá dar três aulas na FCSH - UNL, Departamento de Ciências Musicais, nos dias 5 e 7 de Maio, sobre diversos aspectos da obra de Luciano Berio. Será uma ocasião privilegiada de reflexão e debate sobre a obra de Berio, bem como sobre múltiplos aspectos associados à criação musical recente.

As aulas são abertas, e decorrerão nas salas do Departamento de Ciências Musicais, edifício principal da FCSH, Av. de Berna. As sessões serão organizadas de acordo com o seguinte calendário, e temas:

2a feira :: 5 de Maio
14-16h : Chemins à travers les œuvres

4a feira :: 7 de Maio
14h16h : Transcription et ré-écriture (Sequenza / Chemins / transcriptions d'autres compositeurs)
18h-20h (sala T5, 2º piso do edificio principal) : Multiplicité et narrativité (présentation de Laborintus II et, éventuellement, Outis).

"20 Canções para Zeca Afonso" no CCB

Soava o sinal antecipando a proximidade do concerto; na sala maior do Centro Cultural de Belém, cerca de um milhar de pessoas aguardava com expectativa "20 Canções para Zeca Afonso". A plateia estava lotada, imperava um silêncio respeitoso.

Lentamente, ao mote de "À proa", os onze músicos foram subindo, tomando os seus lugares, entoando e tocando as primeiras notas das muitas que se fariam ouvir nos cerca de 90 minutos de espectáculo que se seguiram. A pouco e pouco foram desfilando "Canção de Embalar", "O Homem voltou", "Tenho barcos, tenho remos"...

As primeiras notas de "Maio, Maduro Maio" arrancaram aplausos entusiasmados, que se multiplicaram após os pizzicati que concluem o arranjo, tudo passava depressa demais, parecia que as músicas eram apenas um instante, efémero, demasiado breve. A cada canção, o concerto ia ganhando corpo: a música escrita, a improvisada, a imperceptível entrada em falso, o solo único, irrepetível; as novas secções, as reharmonizações, os textos re-estruturados, os refrões evitados, as melodias contrapontuadas ou paralelas, cadências perfeitas e modulações; o jogo de luzes, o apontamento subtil do piano, a resposta da bateria, as dinâmicas, a vibração da consonância...

Acabámos com "Venham mais cinco", com um cheiro a bossa nova a que não resisti: o final era de festa, de alegria, o clima idílico de celebração. Depois, o CCB aplaudiu de pé: entrámos de novo, e trouxémos "No Comboio Descendente" - além de José Afonso, também Fernando Pessoa: que melhor maneira de anunciar Portugal, de gritar Abril! Depois, CCB de novo de pé, repetimos "Maio, Maduro Maio", agradecemos, aplaudimos, desfrutámos aqueles momentos derradeiros. E fomos saindo.

Depois, fez-se o silêncio... então, lentamente, com a serenidade bela dos espíritos puros, a plateia do CCB começou a entoar "Grândola, Vila Morena", primeiro a uma, depois a duas, depois a mil vozes. E nós, impávidos, incrédulos, fomos reentrando: o palco, antes sob os nossos pés, estava agora defronte de nós: era um coro de mil pessoas, num momento demasiado mágico para repetir em palavras. Peguei na guitarra, e devolvemos a canção à sua forma sublime, nobremente despida.

Naquele momento, a plateia do CCB era a mais fraterna das cidades, e nós estávamos lá.

Sobre "Trova do Vento que Passa"

Na pré-formatada divulgação do concerto "20 Canções para Zeca Afonso" que circula nos principais meios de comunicação social, reza a páginas tantas que

"O repertório do concerto inclui canções originalmente editadas entre 1962 e 1987, representando estética e cronologicamente uma parte significativa da obra de Zeca Afonso, criador de temas como "Os Vampiros" e "Trova do Vento que Passa"."

Ora, como é generalizadamente sabido, "Trova do Vento que Passa" é uma canção de António Portugal, sobre o poema homónimo de Manuel Alegre, dada a conhecer pela voz de Adriano Correia de Oliveira. Não é, portanto, da autoria de José Afonso.

Sendo totalmente alheios a esta informação incorrecta, deixamos a nossas desculpas aos visados.

Lisbon Jazz Summer School




LISBON JAZZ SUMMER SCHOOL
CENTRO CULTURAL DE BELÉM
18 A 26 DE JULHO DE 2008
Pré-inscrições até 30 de Abril

Pela primeira vez, o Centro Cultural de Belém vai ter uma escola de Verão de jazz. É a Lisbon Jazz Summer School (LJSS), que irá decorrer entre 18 e 26 de Julho em vários espaços do CCB.

Os principais objectivos da LJSS são: oferecer uma formação de qualidade aos estudantes e músicos de jazz em Portugal; proporcionar aos participantes do Curso de Verão um contacto intensivo com músicos internacionais de primeira linha; dar a oportunidade aos participantes do Férias com Jazz de se iniciarem nesta linguagem musical; e contribuir para a dinamização do jazz nacional e para o seu reconhecimento internacional. ++

Já por aí



Já começou oficialmente a campanha de divulgação de "20 Canções para Zeca Afonso" no Centro Cultural de Belém; este é o cartaz do evento. Os bilhetes (€18) estão disponíveis no locais habituais. ++

Ópera em Criação

Tenho o prazer de anunciar que o vencedor do Concurso "Ópera em Criação" foi o colega Hugo Ribeiro, com a ópera "As duas mulheres de Freud".

Um abraço e parabéns a todos os participantes e à organização.

Óperas Curtas - estreia

Aqui ficam alguns momentos das óperas curtas inseridas no concurso "Ópera em Criação", nomeadamente de "O Casamento do Diabo".

O espectáculo é repetido hoje, pelas 21h!


D. João (Marco Alves dos Santos), galanteado a bela Elvira (foto: Vânea Cera)

O Diabo, Elvira e D. João, cantando "em coro a canção do verdadeiro amante!" (foto: Vânea Cera)


O Diabo (João Merino) levando Elvira (Inês Madeira) para pecados infernais... (foto: Vânea Cera)


Parte do "Staff": (Esq-Dir) Jorge Vaz Nande, Vasco Gato, Gonçalo Gato, Margarida Marecos, Nuno Júdice, Manuel Durão, Luís Soldado, Hugo Ribeiro, Rafael Fraga, João Merino, Inês Madeira, Nataša Šibalic, Marco Alves dos Santos, Fernando Guimarães e
Armando Nascimento Rosa.

O Casamento do Diabo

Estreia hoje, com repetição amanhã:

"O Casamento do Diabo"
Rafael Fraga Nuno Júdice

O Casamento do Diabo

Teatro S. Luiz, Lisboa
25 e 26 de Março
21h
Entrada Livre

Com libretto do escritor Nuno Júdice, é uma pequena paródia ao "D. Giovanni" de Mozart: D. João e o Diabo digladiam-se pelo amor da bela Elvira, num desfecho surpreendente!

Com:
Inês Madeira, Mezzo-soprano (Elvira)
Marco Santos, Tenor (D. João)
João Merino, Baixo (Diabo)

Orquestra Sinfónica Juvenil
Direcção: Cristopher Bochmann

Encenação: Paulo Matos

5 Ópera Curtas (PDF com resumos)
Sala Jardim de Inverno do Teatro S. Luiz
25 e 26 de Março
21h

O Casamento do Diabo
Música: Rafael Fraga
Libreto: Nuno Júdice

As duas mulheres de Sigmund Freud
Música: Hugo Ribeiro
Libreto: Armando Nascimento Rosa

A Chorona
Música: Manuel Durão
Libreto: Jorge Vaz Nande

Mudos
Música: Gonçalo Gato
Libreto: Vasco Gato

Alfa
Música: Luís Soldado
Libreto: Rui Zink

Caleidoscópio de Palavras

Caleidoscópio de Palavras
Sextas de Jazz
Café Teatro da Malaposta Odivelas
28 de Março 22h

Com:
Alexandra Ávila Voz
Gonçalo Prazeres Saxofone
Nuno Costa Guitarra
Pedro Pinto Contrabaixo
Pedro Viana Bateria

Estreia dia 28 o novo projecto da minha amiga Alexandra Ávila, com um repertório todo em português e uma abordagem no seguimento de "Portugal e Brasil no Jazz" (em colaboração com o guitarrista Vasco Agostinho); mantendo a abordagem jazzística, este novo projecto centra-se mais na música de autores portugueses, como Sérgio Godinho, José Afonso, Zeca Medeiros ou Aníbal Raposo. Tive também oportunidade de contribuir com alguns temas e arranjos.

Já assisti a ensaios e garanto que vale a pena!

Caleidoscópio de Palavras
Sinopse


A palavra caleidoscópio nasce da união das palavras gregas kalos (=belo), eidos (=imagem) e scopéo (=vejo). Caleidoscópio quer, portanto, dizer, "vejo imagens belas". Dentro de um caleidoscópio pequenos vidros coloridos que reflectem em espelhos mudam de posição a cada movimento, dando lugar a belos desenhos simétricos, sempre diferentes…

As Palavras Interditas

As Palavras Interditas
Rafael Fraga e Augusto Macedo

As canções vivem das palavras e da música, do equilíbrio gerado pela mensagem objectiva das primeiras e das sugestões da segunda. Em As palavras Interditas, Rafael Fraga e Augusto Macedo partem do poema homónimo de Eugénio de Andrade para trilhar um percurso de transformação da canção enquanto género, fazendo da música uma banda sonora dos textos, previamente lidos e gravados por pessoas diferentes em circunstâncias distintas.

Num conceito com forte componente visual, música e palavras servem de base à construção de composições de imagem, gerando um novo roteiro de interpretação que expande o conteúdo poético e a intenção musical.O repertório diversificado, que percorre autores conhecidos e outros menos divulgados do público em geral, propõe uma forma diferente de tratar a palavra, em estreia absoluta.

Augusto Macedo e Rafael Fraga

As Palavras Interditas
Concerto integrado no 3º Encontro Açoreano da Lusofonia
Cine-Teatro Lagoense
10 de Maio 21h


Ficha técnica:
Concepção e Direcção Musical:
Rafael Fraga e Augusto Macedo
Composição de imagem:
Vânea Cera

Com:
Rafael Fraga: Guitarras, melódica, loop sampler
Augusto Macedo: Baixo, teclados, harmónica
Ricardo Reis: Bateria e Percussão (músico convidado)
E ainda as vozes de leitores mais ou menos anónimos...

Sobre o ensino superior de música

Por que razão os alunos das escolas que leccionam formação superior em música primam pela ausência generalizada, nos vários planos possíveis da sua participação, académica ou outra? Por que razão as instituições de ensino superior de música passam tão despercebidas?

Uma análise pessoal, em jeito de opinião, que publiquei em Aula Magna

ver mais >>

Concurso "Ópera em Criação"

Apraz-me comunicar que foram aprovadas para a fase final do concurso "Ópera em Criação", as seguintes óperas:

Manuel Durão - A Chorona
Rafael Fraga - O Casamento do Diabo
Gonçalo Gato - Mudos
Hugo Ribeiro - As Duas Mulheres de Freud
Luís Soldado - Alfa

As encenações, da autoria de Paulo Matos, serão levadas a palco no Teatro S. Luiz.

Ópera em Criação
Teatro Municipal São Luiz
25 e 26 Março 21h

Ópera em Criação: O Casamento do Diabo

Participarei no concurso Ópera em Criação com O Casamento do Diabo, a partir do libretto homónimo de Nuno Júdice: a conquista de Elvira provoca uma disputa acesa entre D. João e o Diabo, devidamente munidos de incendiados argumentos de amor, originando um desfecho surpreendente.

O Casamento do Diabo
Instrumentação: Fl., Ob., Cl., Fag., Perc., 2 Vno., Vla, Vcl., Cbx.
Solistas: Soprano, Tenor e Baixo
Duração aprox.: 11'

3ª Encontro Açoreano da Lusofonia

Nos próximos dias 8a 10 de Maio, decorrerá em S. Miguel o 3ª Encontro Açoriano da Lusofonia, onde terei a oportunidade de fazer a apresentação crítica do Songbook de Autores Açoreanos, juntamente com o co-produtor, Augusto Macedo. Em debate, temas como a música e as palavras transpostas para partitura, suas limitações e potencialidades, a problemática da tradução poética neste contexto, etc.
A nossa participação continuará à noite, na estreia de um novo projecto musical ainda com nome por definir, mas que pretende juntar música e imagem numa nova forma de tratar a palavra em português.

Songbook Autores Açoreanos

Songbook de Autores Açoreanos
Apresentação crítica
10 de Maio 18h
Auditório da CM da Lagoa (S. Miguel)

Concerto
10 de Maio 21h
Cine-Teatro Lagoense